O título “Amor e Revolução” vale só até certo ponto no SBT. Depois de fazer história ao mostrar o primeiro beijo lésbico das novelas brasileiras, protagonizado pelas atrizes Luciana Vendramini e Gisele Tigre, o canal cortou os planos do autor Tiago Santiago de levar às telinhas também um beijo entre dois homens. Segundo Santiago, a decisão partiu da direção do SBT e ele teve de acatar. “Há uma preocupação com a audiência mais conservadora”, disse ele ao jornal Agora.

O beijo gay estava previsto para ir ao ar em 7 de julho, e envolveria os personagens Jeová (Lui Mendes) e Chico (Carlos Artur Thiré). “O beijo entre os dois rapazes seria um passo além do beijo lésbico”, ele lamenta. Agora, a trama seguirá a opção casta dos gays da Rede Globo, apenas com carícias sugeridas.

Tiago Santiago também teve de cortar da trama a homossexualidade do padre Bento (Diogo Savala Picchi), por pressão do canal. Seria ousado demais.

Apesar da repercussão na mídia, o beijo lésbico não alterou o ibope de “Amor e Revolução”, que segue na casa dos 5 pontos.